Trombose: afinal, como tratar?

Trombose. A palavra, por si só, já faz muitas pessoas se sentirem amedrontadas. E, infelizmente, ela não é das doenças mais raras: embora não haja registros precisos no Brasil, o Ministério da Saúde estima que 1 ou 2 a cada 1.000 brasileiros tenham trombose anualmente.

O que é?

As doenças cardiovasculares são líderes em mortalidade e morbidade dentro do grupo das doenças crônicas. É só reparar: você já conheceu, conhece ou vai conhecer alguém que pode ter um problema ligado ao coração ou à circulação.

A trombose é a causa de base mais comum entre as 3 maiores doenças cardiovasculares: infarto do miocárdio, derrame (AVC) e tromboembolismo venoso.

Um estudo realizado globalmente em 2010 demonstrou que o infarto do miocárdio e o AVC juntos provocaram 1 em cada 4 mortes no mundo.

Esse “fardo” ou “peso” causado por essas doenças ocorrem em todos os países, sejam de baixa ou de alta renda (países desenvolvidos ou em desenvolvimento).

Estima-se que o tromboembolismo venoso tenha uma taxa de incidência anual de 1 a 2 pessoas acometidas para cada 1.000 indivíduos. Esse número aumenta para 2 a 7 pessoas acometidas para cada 1.000 indivíduos na faixa etária acima de 70 anos. Ou seja, não é brincadeira não.

Além dos óbitos provocados pelas embolias pulmonares, uma parcela dos que sobrevivem terão sequelas, apesar do tratamento. As sequelas da embolia pulmonar podem causar problemas cardíacos e respiratórios.

E entre os indivíduos que apresentaram trombose venosa profunda, mesmo com tratamento, estima-se que de 10 a 20% deles irão desenvolver o que se chama de síndrome pós trombótica.

E o que é essa síndrome? É uma sequela crônica que reduz a capacidade de caminhar e de trabalhar, reduzindo a qualidade de vida e podendo levar ao desenvolvimento de úlceras nas pernas.

Além do custo pessoal para as pessoas acometidas por trombose, com redução da qualidade de vida ou até mesmo da expectativa de vida, existe um enorme custo para os serviços públicos e privados de saúde.

Quais são os sintomas da trombose?

Podem incluir dor, inchaço, a pele no local pode ficar quente, vermelha ou escurecida, com sensibilidade ao toque e com veias endurecidas ou inchadas.

Lembre-se de que a doença pode atingir variadas faixas etárias, desde crianças (embora raro),sendo mais comum após os 40 anos de idade, com aumento significativo com o avançar da idade.

Os casos mais comuns de trombose acontecem com pessoas nas seguintes

condições:

  1. Os idosos;
  2. As pessoas com câncer e que estão fazendo quimioterapia;
  3. As mulheres grávidas e as puérperas, as que fazem tratamento de reposição ou que usam anticoncepcional hormonal;
  4. As pessoas que já tiveram trombose no passado e as que tem no seu histórico familiar um parente de primeiro grau com trombose prévia;
  5. Aquelas que estão em pós operatório de cirurgias ou que sofreram traumatismos;
  6. As que já tiveram AVC prévio, que apresentam imobilidade ou paralisia;
  7. Aquelas que apresentam predisposição a formar trombos, ou seja, pessoas com trombofilia.

Trombose tem tratamento?

Sim, mas o tratamento varia de caso a caso e por isso deve ser individualizado. Na maioria das vezes é indicado o tratamento medicamentoso, ou seja, remédios anticoagulantes são os mais receitados.

Nos casos de embolia pulmonar, o uso de anticoagulantes orais também é indicado na maior parte dos pacientes. Mas nos mais complexos pode haver indicação de realização de procedimento invasivo, em ambiente hospitalar, com passagem de cateter ou filtro dentro do vaso sanguíneo ou o uso de trombolíticos, que são substâncias para dissolver tal coágulo.

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