Receber o diagnóstico de trombose ou de embolia pulmonar pode ser amedrontador.
Mas saiba que a trombose venosa não é rara na população geral. Ela acomete em média 1 em cada 1.000 pessoas por ano.
A trombose é a formação de um coágulo de sangue (chamado trombo) dentro de um vaso sanguíneo. Uma fez formado, o coágulo pode reduzir ou bloquear o fluxo normal de sangue dentro daquele vaso. E pode também se partir ou se desprender do vaso sanguíneo e viajar pela circulação até chegar a um outro órgão.
Chamamos de trombose venosa profunda quando o trombo obstrui (bloqueia) total ou parcialmente o fluxo de sangue em uma veia do sistema venoso profundo. As tromboses mais frequentes são as que acometem as veias da perna (como as veias profundas da coxa e da panturrilha). Os principais sinais e sintomas da trombose nesses casos, são: dor, inchaço, enrijecimento da musculatura no local, a pele ao redor pode ficar quente, vermelha ou escurecida, com sensibilidade ao toque e com veias endurecidas ou inchadas.
Quando o coágulo de sangue, ou trombo, se desprende do vaso sanguíneo e viaja pela circulação, ele recebe o nome de “êmbolo”. Quando o êmbolo chega e obstrui um ou mais vasos nos pulmões, chamamos esse evento de “embolia pulmonar” ou “tromboembolismo pulmonar” ou simplesmente “TEP”. A maioria das embolias pulmonares se origina de trombos das veias das pernas ou pelve (ou seja, é uma complicação da trombose venosa profunda).
A embolia pulmonar pode levar a redução nos níveis de oxigênio no sangue e danos em outros órgãos do corpo por causa da falta de oxigênio. Pode também provocar alterações do funcionamento cardíaco, já que o coração se esforça em tentar bombear sangue para os pulmões e não consegue por causa da obstrução da circulação pulmonar.
Se o trombo é grande ou se são vários trombos, ele pode levar até mesmo ao óbito. Por isso, o TEP é uma condição grave e que requer atendimento médico imediato. Alguns dos sinais e sintomas que a embolia pulmonar pode causar são: falta de ar ou sensação de “fôlego curto”, aceleração dos batimentos cardíacos, dor no peito, tosse seca ou com sangue.
Alguns fatores como tendência genética (trombofilia hereditária), doença autoimune (trombofilia adquirida), viagens prolongadas (mais de 6 horas de duração), tabagismo, obesidade, gravidez e pós parto, uso de hormônios femininos (como nas pílulas anticoncepcionais e na terapia de reposição hormonal), câncer, pós operatório de diversas cirurgias (inclusive parto cesáreo) e situações de imobilização (estar restrito ao leito devido a uma internação hospitalar, fratura, trauma ou alguma doença grave) podem fazer com que estejamos mais propensos a desenvolver trombose e embolia pulmonar.
O diagnóstico precoce e pronto início do tratamento com medicamentos anticoagulantes favorecem uma melhor recuperação do quadro, reduzindo as chances de complicações graves e de óbito. Por isso precisamos espalhar conhecimento sobre a trombose e embolia pulmonar. O conhecimento sobre essas doenças pode salvar vidas.